5 de abr. de 2014

coisas extraordinárias de um sábado a tarde.

Passei a tarde de hoje em um parque, lendo, ouvindo música e meditando.

Em determinado momento, avistei do outro lado do lago uma moça que se destacava (pelo menos aos meus olhos): cabeça semi-raspada, saia longa verde, uma mochila grande nas costas (talvez não more aqui...), uma máquina fotográfica em punho, sorrindo sozinha.
Parecia uma daquelas monges budistas.

Fiquei acompanhando seus movimentos.

Enquanto isso, o sol descia e o local onde eu estava foi tomado pela sombra. Desloquei-me um pouco para a direita, a fim de continuar recebendo seu calor.

Alguns minutos depois, ela sentou exatamente onde eu estivera.

Inexplicavelmente, eu sentia vontade de me aproximar (sobretudo depois de vê-la meditando), mas meu receio de parecer intrometida não permitiu.

Sua presença, tão perto, por algum motivo me trazia sensação de conforto.

Bom tempo depois de ter se sentado ali, ela se levantou para ir embora. Fiquei esperando-a passar por mim, para ver seu rosto e, ao cruzar com seus olhos vi um semblante sereno... e num instante ela estava na minha frente, com as mãos fechadas, sorrindo e me oferecendo algo.

Abri as mãos, recebi uma semente vermelha com preto, devolvi o sorriso e agradeci.

Ela se foi. E fiquei a acompanhando até sumir de vista (com vontade, confesso, de ir atrás e perguntar seu nome, se faz isso sempre e que energia boa é essa que acabou de me transmitir!).



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